segunda-feira, 29 de junho de 2015

Team Daiwa 450 a Transformação.


Há tempos que procurava por este caniço, mas devido a situações de importação e não ser um produto do mercado Brasileiro, as dificuldades eram grandes, até que a oportunidade surgiu após 3 anos de busca.

O que me interessa tanto neste caniço são alguns diferenciais que me chamara a atenção, EX:

1 - 380 gr de peso em 4.50 metros de tamanho;
2 - 19 mm de espessura do cabo;
3 - 2 mm de ponta. (Não é híbrida);
4 - Casting ideal 125 gr pra esticar. Mas pesca muito bem com 100-110 em curta distância;
5 - Ação semi-parabólica pra rápida;
6 - Vem montada na espinha correta;
7 - 7 (sete) Passdores Kw Fuji Alconite e reel seat Jacaré Ns7 Distribuição perfeita;
8 - Acabamento da resina impecável que nem eu sei como eles fizeram.

Passadores muito bem distribuídos em sua montagem original, linhas e resina e excelente qualidade, um acabamento perfeito, esses são outros fatores que me chamaram a atenção ao o ter nas mãos.

Desmontei e remontei apenas o estágio do meio e a ponta para uso com carretilha.

Montada com 7 passadores nas medidas, 25/20/16/12/10/8/8 ponteira 8 e remontada na espinha para carretilha da seguinte forma: Fuji KWAG 20/16/12/10/10/8/8 e com KTAG 7/6/6/6/6 e ponteira 6X2.0.

Montado com passadores de pata única, pequenos e leves no final do último estágio, alivia o peso da ponta tornando-a mais sensível e fazendo com que o blank trabalhe melhor.

Caniço diferente de tudo que já experimentei leve, sensível e macio como gosto.

Ele é fabricado em três versões, 50-100Gr, 80-120Gr e 100-150 Gr, todos no tamanho de 4,50 metros. Não se trata de um caniço de fundo para longas distâncias, mas alcança seus 130 metros.

Conforme meus testes, troco o chumbo de acordo com a distância pretendida 90 para perto, 110 para meia e 120 a 125 para esticar mais um pouco, caniço fácil de arremessar, sua ação parabólica proporciona muito conforto no arremesso, sem trancos e muito esforço, apenas é necessário carregar bem o blank antes de soltar o dedo.



Antes
 


 Remontagem



Depois
 


Arremessos
 
 

Peso e altura do indivíduo para escolha de um equipamento / Qual ação escolher?



Hoje vamos entender um pouco mais como escolher um caniço de forma inteligente e sem arrependimentos. Peso e altura definem o porte físico de cada indivíduo, com isso temos uma base para que equipamento escolher e qual ação de caniço se adapta melhor a cada pessoa.

O fator para definir isso é a proporção, imaginem um homem de 2 metros e 130 Kg dirigindo um fusca ou um homem de 1,60 metros e 50 kg dirigindo uma Scania. Não que possa ser possível, mas a desproporção é notória. Da mesma forma devemos nos basear na escolha da altura do caniço.

Quanto a ação do caniço devemos nos basear na força física, caniços mais rápidos ou mais lentos não definem distância, mas sim conforto, consequentemente a distância será alcançada junta mente com a técnica utilizada pelo pescador.

Caniços de praia podem variar de 2.70 a 5 metros, distribuídos em qual distância deseja atingir. Para beirada caniços menores e mais leves até 3,30 metros são os mais indicados, para meia agua (até 100 metros) 3,60 a 3,90 metros são os mais utilizados e para distâncias acima dos 100 metros de 3.90 em diante.

Ações rápidas, médias, lentas, parabólicas e semi-parabólicas ficam a gosto e conforto do pescador.

Tomando como exemplo, eu tenho 1,73 metros e 100 kg, uso caniços de 3,50 a 4,50 metros com ação parabólica e semi-parabólica, que me proporciona arremessos suaves, precisos e longos.



Este é um arremesso com um caniço de 4,50 metros com ação semi-parabólica, ele enverga 2/3 de todo o seu comprimento.





  
Arremesso com caniços mais rápidos, onde envergam apenas 1/3 do seu comprimento.
 
Precisamos entender como um caniço funciona e a ação caniços existentes, antes de decidir o que comprar.

Ação dos caniços

Ação lenta:

São caniços usados em extremos casos para pesca com iscas mais sensíveis  ou vivas, onde é necessário um arremesso suave, para que a isca chegue ao fundo o mais preservada possível. Este caniço trabalha desde o cabo até a ponta.

Ação média:

Alguns pescadores preferem estes tipos de caniços, pois não exigem muito esforço para se arremessar, também chamado por alguns de “caniço de ação parabólica”. Trabalham do meio em diante proporcionando um arremesso confortável e sem trancos.

Ação rápida:

Caniço firme e rígido que necessita ser carregado o meio para que a ponta não responda primeiro. Muito usado para arremessos mais longos, onde é necessário empregar força e técnica, atrasando a soltura da linha.

Mas qual ação escolher?

É uma questão de aplicação e gosto pessoal, avalie as condições de pesca do local e a distância em que existe mais atividade dos peixes e consequentemente a produtividade da pescaria também é maior. Normalmente os peixes se alimentam na beirada e meia agua, claro que não é regra, bons exemplares também são capturados a longa distância.

Um ou mais caniços de cada função, sempre são o que devemos levar na tralha, pois, nunca se sabe o que nos aguarda e qual a condição do mar e distância que os peixes estão comendo.

Na hora de comprar, procure caniços que atendam mais de uma função, como um que possa pescar na beirada e na meia agua e outro que possa pescar na meia agua e no fundo.

Caniços:

Infinitas marcas e modelos para diversos gostos, aplicações e situações. Precisamos em primeiro lugar definir três tipos de equipamentos básicos e suas funções, Beirada, Meia Agua e Fundo.

Caniços de Beirada: Caniços de 2.40 a 5 metros com ponta sensível, na maioria dos casos agulhada com carbono maciço ou fibra de nylon.

Caniços de Meia Agua: Caniços de 3,30 a 5 metros com ponta sensível, na maioria dos casos agulhada com carbono maciço ou fibra de nylon.

Caniços de Fundo: Caniços de 4,20 a 5 metros com ação rápida e com capacidade alta de chumbo.

domingo, 7 de junho de 2015

Low Rider / KW / RV-H



Low Rider / KW / RV-H

O LC (Low Rider) tem como proposta de reduzir as espirais do molinete com sua montagem invertida e diâmetro reduzido, como já foi exposto anteriormente.
                Em meados de 1999 o passador LC conhecido como Low Rider foi criado, nos diâmetros 20-16-12-10-8-6, com ele trazendo uma evolução dentro da teoria de Omura, sua anatomia e montagem favorecem muito mais ainda a diminuição das espirais.
                Montado de forma invertida no seu primeiro e talvez o segundo passador criam um embate fazendo com que as espirais já diminuam no primeiro e segundo passador dependendo do caso. Quando se monta uma vara de uma parte, usam-se os dois primeiros invertidos, em varas de duas partes onde os dois primeiros passadores ficam no primeiro estágio monta-se com os dois invertidos, em varas de três partes, onde os dois primeiros passadores ficam no segundo estágio também se monta invertidos.



                Mas muitos não se atentam a realidade dos fatos e não olham como o sistema funciona e que se pode fazer essa montagem com qualquer tipo de passador, basta respeitar as regras.
                No próprio catálogo oficial da Fuji vem mostrada a montagem do tipo Low Rider com passadores da série K. Algumas limitações são impostas em cima dos passadores LC, uma delas é o diâmetro da linha utilizada, ela não pode ser maior que 0.24mm, sendo acima perderemos a eficiência, para uso da montagem Low Rider com linhas mais grossas é necessária à montagem com passadores da série K respeitando os limites das linhas variando a cada 0.05 e 0.05 mm na espessura da linha correspondente ao passador.  Ex: Linha 0.25mm começar com passador Nº 25, linha 0.30 começar com passador Nº 30 e assim por diante. Os passadores KW não tem a necessidade de serem montados invertidos como os LC, apenas de muitos montadores na Europa montarem dessa forma.
Algumas empresas usam o LC (Low Rider) de forma errada, não distribuindo de forma correta e usando passadores de forma indevida, detalhes que a Fuji não menciona em seu catálogo, as medidas propostas por ela são apenas para referência, não se aplica da mesma forma em todas as varas, cabe ao customizador ter a percepção da necessidade e aplicar da forma correta a distribuição.
O caso em questão é que ao usar os dois passadores muito próximos um do outro, existe a necessidade de também inverter o segundo, pois as espirais não foram devidamente reduzidas, normalmente onde a necessidade exige dois passadores no estágio do meio ou segundo estágio invertidos. Empresas de renome como Shimano e Daiwa aplicam desta forma, outro erro grave é a quantidade de passadores o conjunto foi feito para ser usado 6 a 7 passadores no entanto muitos utilizar até 12 passadores, atrapalhando o desempenho do blank e tendo um gasto desnecessário.
Em casos na montagem para molinetes os comentários se aplicam, já com carretilhas, não invertemos os passadores.

 Varas Shimano com o o segundo passador invertido.


Na primeira foto acima podemos observar três passadores no segundo estágio totalizando 9 passadores em toda vara e também sem a inversão do segundo passador, já na segunda foto o segundo passador não está invertido.

KW:

Os KW retrocedem um pouco aos antigos passadores largos, mas não deixando de lado a possibilidade de uma montagem Low Rider, promete evitar as laçadas com sua anatomia inovadora.
A proposta da série K, além de utilizar a antiga teoria de Omura também desfaz as laçadas nos passadores.

A montagem com a linha K utilizando o primeiro passador invertido, na tentativa de copiar a montagem com LC é errada e vai ocasionar problemas direcionando a espiral para o blank, tanto para molinete quanto para carretilha.

RV-H e Arowana Top:

Neste ano de 2015 foi lançado o RV-H – Reverse Guide, que nada mais é que uma mistura do conceito dos passadores LC aliado ao anti-laçadas do KW, fazendo um embate para as espirais da linha, a novidade é uma leve inclinação para cima, fazendo com que as espirais se afastem do blank, disponíveis apenas nos tamanhos 25 / 20 /16, para serem usados apenas no início da montagem e em qualquer vara sendo que os demais passadores ficam a escolha do Custom Rod e/ou Cliente. Jutamente lançado o Arowana Top, com uma leve inclinação para fora.
  

Reverse Guide tamanhos 25/20/16com anel Torzite F .

 
Arowana Top tamanhos 3.5/5/5.5 em anel SIC e 6/7/8 em anel Torzite F.




Comparativos em tamanhos, altura e largura dos passadores RV,LC,MN e KW.
Redução significativa da espiral logo no primeiro passador.


Função Anti-Laçadas.


Montagens LC, KW e RV.

Diante de tanta evolução temos que admitir que a tecnologia e estudos nos mostra baseados em resultados a eficiência desta novidade, mas nada disso vai mudar o fator Sorte, que pra mim é o principal em uma pescaria bem sucedida.